Festa 11/09/2013 na Bienal SESC Dança 2013 por Karin Serafin
Foot loose
Dirty Dancing
Os Embalos de Sábado à Noite (só que quarta) Staying Alive
Yes… We are all happy and staying alive…
Manifestações coletivas espontâneas e multiculturais!
Os eventos listados abaixo norteiam um panorama sobre a confraternização dos artistas participantes da Bienal SESC de dança 2013, quarta-feira (11/09). Mas não necessariamente nessa mesma ordem, muito menos por ordem de importância; muito menos, ainda, tenham sido tão sutis e comedidos como possam parecer neste texto!
A Batalha – a roda que se abre no meio da pista para que as virtuoses individuais sejam expostas. Wagner Schwartz abriu a roda, enlargueceu o espaço, fez a vogue e a ponte caída! Enquanto Sheila (a entrona) Ribeiro cruzava o espaço em felizes grand jetés.
A Dança russa – pessoas abraçadas em círculo que sobem e descem.
Roda grega – pessoas também abraçadas em roda girando (não, ninguém teve a brilhante ideia de quebrar os pratos do SESC).
Trenzinho pipoca – uma releitura do típico trenzinho de carnaval brasileiro mas com mais encoxamento!
Lambada de penca – ela começa com um casal. Em seguida, todos os outros vão se somando a este casal, sempre pelas costas, fazendo uma grande linha balançante.
Almôndega – manifestação típica dos anos 90, o que nada mais é que um grande bolo de gente na pista.
A dança da garrafa – vai ralando na boquinha da garrafa, é na boca da garrafa, desce mais, desce mais um pouquinho…… é isso, e isso explica! O mais surpreendente foi que quem propôs a dança foi uma Japonesa (where are you from?) seguida muito animadamente por um cativante uruguaio.
Vogue / Waacking – a dança onde tudo começa e termina nos braços.
E algumas outras manifestações que não precisam explicação, como:
Boi bumba, Festa da aparelhagem, Dança afro. (Ah, A DANCA AFRO (!!!) e o link estabelecido entre ela e a coreografia de Thriller, de Michael Jackson. Porque assim como ele, Aline Blasius também consegue sintetizar no corpo as expressões da cultura negra! A dança deles vem da terra, da raiz! A cor e a dança da cidade são eles e somos todos nós!
As pessoas também encenaram “O Rei leão” e fizeram a Shiva!
Talvez nenhuma palavra faça sentido para alguém que não esteve nessa quarta, naquele bolo de gente dançando na pista azul escura ao som multiétnico, multicultural, multicoisa do DJ Dolores. De repente, tudo ficava azul escuro de gente. Talvez, também, quem esteve lá tenha uma lembrança misturada e um vestígio para sempre no corpo.
Ps.: Não posso deixar de mencionar as misteriosas e instigantes participações
1. da Japonesa no meio fio;
2. do Duo de capoeira Jaspion travado entre a japonesa do meio fio e o Alejandro;
3. do cadeirante;
4. do agito agitador do novo Anderson;
5. da chilena que só saiu de sua partitura corporal para buscar um coco no “kiosco”…. (mira, casi sin dedos!)
6. dos uruguaios! sempre tão enigmaticamente e cativantes uruguaios!
Karin Serafin, bailarina. Dedicou (ainda dedica) metade da sua vida ao Grupo Cena 11. Faz um mês que estreou como intérprete/criadora/sozinhanopalco.